Porque às vezes ela só quer um colo, e uma palavra de carinho pra sentir e ter a certeza que as coisas estão corretas. Pra saber que tudo que ela tem feito é válido. Pra saber que mesmo com todas as dúvidas e incertezas nada mudou, nada muda. Tudo permanece e fortalece. Ela sente. Ela tenta. Sentimentos loucos pairam dentro dela, deixando-a muitas vezes frágil. Mas ela segue, sem rumo, sem volta. Sem olhar para trás.

Linhas tortas

Porque eu escrevo sem me importar se todas essas palavras distorcidas vão influenciar na vida de alguém. Eu não escrevo para ter a aprovação de alguém, eu não me importo se não irão gostar, entender, ou se alguém vai gastar alguns minutos para ler isso tudo. Eu escrevo apenas, e simplesmente para me fazer bem, para me entender. Eu escrevo porque gosto. Me liberta, me alimenta, lava minha alma. Porque eu posso está triste mas, quando eu começo a passar tudo pro papel, tudo desaparece. A tristeza vai embora. E se eu estiver irradiando de alegria, aí sim Maria, escrever me torna ainda melhor. Escrevo para mim, para que eu entenda um pouco do que acontece aqui dentro. 

Dentro de mim.

Sei lá. O tempo passa tão rápido, tanta coisa muda em segundos. A vida vai seguindo e tomando rumos que muitas vezes nem estamos preparados pra encarar. A gente vai deixando as coisas acontecerem e só. Talvez, por não saber agir de outra forma, ou ao menos pensar que não sabe. A verdade é que a gente se perde no meio de tanta correria e se fecha pra muita coisa. Criamos uma espécie de ‘imunidade’, sabe? Quando você acha que nada vai acontecer contigo. Mas, acontece. E caímos, falhamos, erramos. E vemos que estamos sujeito a tudo. E que bom que estamos sujeito a tudo. Só assim, a gente cresce e passa a ver as coisas com outros olhos.